Franz Weissmann
“Grande Flor Tropical”No Brasil, o minimalismo não teve grandes influências, mas, baseado em suas fases,
Franz Weissmann, ao ver uma flor abrir-se, iluminada por uma lâmpada, começou a observar atentamente a forma de suas pétalas estreitas e longas, com uma leve dobradura, uma discreta “cantoneira”. A partir daí surgem as “flores” geometrizadas, compostas de dobras no aço, retilíneas ou diagonais, em quadrados ou retângulos. Para ele, não são esculturas figurativas, nem uma abstratização da flor: apenas uma recriação livre, signo e símbolo da flor. Franz procurava rigor matemático e precisão geométrica nas relações das proporções e na configuração dos elementos modulares. O artista queria que, ao observar as obras, as pessoas pudessem percorrer seu espaço interno, ver e sentir de perto suas formas.
A semelhança com certas flores dos trópicos, dobradas, vigorosas e vermelhas, unidas em estranhos arranjos, motivaram Weissmann a dar-lhe o nome de “Grande Flor Tropical”, homenageando a América Latina.
A flor é formada de 5 cantoneiras em agudas diagonais. Apoiada em três partes, a escultura flutua. Lançando suas “pétalas” (as cantoneiras) em várias direções, a grande “flor” projeta-se no espaço, adquirindo aparências diversas de cada ângulo em que é observada.
A intenção de Weissmann foi causar “um grito ecológico”. Um alerta para a necessidade de preservação das últimas grandes florestas da Terra, as tropicais, pelas razões já tão divulgadas e muitas vezes não ouvidas.”
Franz Weissmann Áustriaco, veio para o Brasil com a família aos dez anos. Desde 1942 dedicou-se à escultura figurativa, participando dos Salões Nacionais. Em 48 iniciou-se no abstracionismo e na geometrização da figura. De
Integração das Artes, edição Memorial da América Latina, São Paulo, 1990,
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